sábado, 15 de fevereiro de 2014

TRANSMEDIA



TRANSMEDIA  - (Atividade 4 T-2) 
Transmédia “Transmedia storytelling” (narrativa transmédia). A Transmédia é o transferir-se ou mover-se de um meio a outro, é mais que a Multimédia e a Crossmédia, pois não só atravessa, mais se sobressai da mesma. Uma ação transmédia segue características do que seria o crossmédia, mas se diferencia deste ao usar cada meio para um objetivo diferente.
Como Henry Jenkins destacou no seu livro Convergence Culture, “a narrativa transmédia se desdobra por meio de diferentes plataformas de média, onde cada texto de cada meio produz uma distintiva e valorosa contribuição para o todo”

A Transmédia conta as histórias num só universo através de meios diferentes, que se complementam para formar um só arco de narração, onde os elementos que representam a narrativa Transmédia estão  sistematicamente dispersos, através de multiplex canais de distribuição e diversas plataformas, esta forma única em que cada meio contribui para desenrolar a história, permite localizar-nos numa convergência de cultura participativa de Henry Jenkins, que discute a maneira como a informação viaja por diferentes plataformas mediáticas e examina o papel dos consumidores nesse processo.
 A convergência, segundo Jenkins, acontece “dentro dos cérebros” dos consumidores e “por meio de suas interações sociais com os outros”. Assim como a informação, nosso trabalho, nossas vidas, fantasias e relações pessoais também fluem por diferentes canais mediáticos.

Segundo Geoffrey Long “A narrativa transmédia permite que o narrador amplie largamente sua audiência”. “A narrativa transmédia também fornece um grande grau de envolvimento à audiência, que agora espera ter um papel mais ativo no processo”
“A narrativa transmédia está realmente sendo implementada por causa dos métodos de produção e distribuição da média, que estão radicalmente mais baratos, rápidos e enormemente disponíveis. A combinação relativamente acessível das ferramentas digitais, como o DV e o programa de edição Final Cut Pro, com a banda larga e sites, como o YouTube – tem promovido uma revolução na forma como os cineastas, diretores, produtores desenvolvem seus trabalhos. O mesmo pode ser dito hoje com relação à fotografia, aos quadrinhos, aos textos e aos games.

Narradores transmédia estão percebendo o potencial que existe e utilizando estes sistemas para produzir, a preços acessíveis, uma alta qualidade de conteúdo e, em seguida, orientando o público a outros capítulos, de mesmo valor de conteúdo, mas produzidos com baixo custo e alta visibilidade de marketing, como os weblogs, os podcasts e o Twitter.
Estudando a relação  seguida desde os consumidores/ utilizadores na criação  e oferecimento de novos níveis de revelação e experimentação que renovam a franquia e sustentam a fidelidade do consumidor, já que os médias diferentes atraem nichos de mercado diferentes e para atraí-los, o conteúdo permite ser alterado um pouco, de acordo com a média, criando consumidores fieis, pois vamos ampliado seu desenvolvimento narrativo e expandindo seu universo diegético, permitindo não apenas a criação de novos conflitos, histórias e personagens, como também novas maneiras de se consumir e interagir com esse universo.

Cada acesso a franquia deve ser autônomo, afim de que seja possível consumir e interagir de forma satisfatória com um, sem a necessidade se conhecer os outros, ao menos sem a necessidade de se conhecer profundamente. Cada um dos produtos (filme, games, quadrinhos, programas de TV, romance) se configura como um ponto de acesso ao universo (franquia) como um todo.
A habilidade que as extensões transmédia têm, é de levar os fãs a produzirem performances que podem acabar se transformando, em si próprias, em parte da narrativa transmédia.

Podemos rever um exemplo concreto das extensões transmédia nas trilogias como pode ser Matrix ou Harry Potter, mas existem muitos exemplos onde as histórias contadas desde o cinema algumas vezes de forma de trilogia ou mais, são transferidas ou transportadas a videojogos e infinitos elementos de merchandise, entre outros, que reforçam o posicionamento da narrativa na criação de uma experiência de entretenimento única e coordenada, que por vezes utilizam a sua história para chegar aos fãs e penetrar o mercado já logrado por eles e conseguir ter uma conexão com estes nichos de mercado ou targets.

Hernando Urrutia


-Narrativa Transmédia de Gabriela Borges
- Transmédia Storytelling: 
Implicit Consumers, Narrative Worlds, and Branding in Contemporary Media Production de Carlos Alberto Scolari - International Journal of Communication 3, 2009
- Sites of Convergence: An Interview with Henry Jenkis – de Vinicius Navarro, Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Comunicação - Universidade Federal Fluminense - Revista Contracampo • Niterói - 2010
- Convergence Culture -  Jenkins, Henry. Convergence Culture. Where old and new media collide. New 
York University Press, 2006.




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