terça-feira, 11 de fevereiro de 2014





PÓS-HUMANO  - (Atividade 3 T-2) 
O Pós-humano expressão genérica da condição de um corpo biomaquinical, nas possibilidades de uma era pós-humana, e representa a construção do corpo como parte de um circuito integrado de informação e material que inclui componentes humanos e não humanos tanto chiPs de silício quanto tecidos orgânicos, bits de informação e bits de carne e osso. O pós-humano deve ser também traduzido por transhurnano, o que podería chamar-se mais que humano.

O termo pós­ humano é utilizado tanto para se referir ao fato de que nossa visão daquilo que constitui o ser humano está passando por profundas rransformações, quanto para apontar para a convergência geral dos organismos com as tecnologias, até o ponto de se tornarem indistingüíveis. Essas tecnologias pós-humanas são: realidade virtual (RV), comunicação global, protética e nanotecnologia, redes neu­ rais, algoritmos genéticos, manipulação genética e vida artificial.

A expressão pós-humano se tornou voz corrente em múlti­ plas publicações e exposições de arte, de modo tão proeminente que se pode afirmar que, sob essa expressão, encontra guarida o modelo mais recente de imaginarização do corpo humano.

Para estabelecer um analises da obra baseada no Pós-humano tomo o artista australiano Stelarc que leva tempo questionando de forma ousada os rumos da arte contemporânea e o corpo humano, utilizando seu próprio organismo como suporte para suas criações.



A obra de performance que habitualmente usa reflicte sobre as condições do humano e sua ligação as interfaces com próteses e computadores onde postula que o corpo humano biologicamente esta mal equipado para enfrentar seu novo ambiente fora da terra, falando de estratégias pós-evolucionistas
O artista australiano Stelarc vem questionando de forma ousada os rumos da arte contemporânea e o corpo humano, utilizando o próprio organismo como suporte para suas criações. Stelarc realiza suas performances utilizando robótica, sistemas de realidade virtual, interfaces com próteses e computadores e postula que o corpo humano se tornou obsoleto. Ele fala sobre estratégias pós-evolucionistas para reprojetar o corpo humano biologicamente mal equipado para enfrentar seu novo ambiente extraterrestre.




     Stelarc - Third Hand, Tokyo, Yokohama, Nagoya, 1980 - Instalação interactiva- Cortesia do artista © 2010 Stelarc - fotografia: Simon Hunter


Stelarc e sua obra Third Hand, realmente reinventam a maneira de se apropriar de uma tecnologia”. para determinarem o destino de seu próprio corpo, onde cruza disciplinas, tais como a robótica a medicina e a génetica para propor-nos questiones referentes a imortalidade do corpo, cujas ciências referidas auxiliam através de próteses, a expansão desse corpo para além do seu tempo.

Permitindo a transgressão  de fronteiras entre  humano/máquina, tempo/espaço, onde o ser humano aparece não mais imerso na memória genética, mas reconfigurado no campo eletromagnético do circuito.

Numa das considerações de Laymert dos Santos que propõe para este caso especifico uma via da singularidade, que é a mais radical porque entende o pós-humano como uma superação do humano que literalmente o deixa para trás. Pertence a essa via a aposta que é feita na inteligência artificial e no desenvolvimento daquilo que seria a abertura de um outro tipo de evolução, que viria com os robôs. O humano seria superado porque, tal como existe hoje, ele estaria obsoleto. Essa é uma via radical e otimista, pois acha que, se seu corpo é um hardware falho e ultrapassado, você pode fazer um download de sua mente num corpo que seja melhor. Mas a obsolescência do corpo estaria se dando aos poucos, e não de uma só vez. Ela ocorre, por um lado, através de uma necessidade aparentemente crescente de modificar o organismo mediante a incorporação de pró- teses para lidar com a velocidade da transformação; e, por outro, através da formulação de uma “exigência” cada vez maior de que o homem precisa poder viver em ambientes que não são o seu habitat natural.
Há ainda uma terceira linha de pensamento, que é a mais interessante, que considera que essas duas linhas constroem, ao lado da aceleração tecnocientífica e econômica, uma espécie de grande narrativa da obsolescência do humano e do futuro pós-humano.
Interessante é a formulação do pós-humano ou “transumano”, porque pensam essa questão tomando como referência o “para além do humano” de Nietzsche, que não significa a morte do “homem”, mas a morte do “Homem” consagrado pelo humanismo.


Hernando Urrutia

-       -Culturas e Artes do Pós-humano – de Santaella Lucia , S.P. 2003

-       -Demasiadamente Pós-humano – de Laymert Garcia dos Santos, Revista Novos estudos, n. 72,  2005

-        -Entre Ciborges e Avatares – corpo e subjetividade na era digital . [Online]. disponível: http://www.gutorequena.com.br/artigos_poshumano.htm

-       - Stelart – O corpo como hospedeiro, de Patricia Martis Sá . [Online]. disponível: http://artetecnologia-uerj.blogspot.pt/2013/07/stelarc-e-orlan-o-corpo-como-hospedeiro.html

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