O Pós-humano
expressão genérica da condição de um corpo biomaquinical, nas possibilidades de
uma era pós-humana, e representa a construção do corpo como parte de um
circuito integrado de informação e material que inclui componentes humanos e
não humanos tanto chiPs de silício quanto tecidos orgânicos, bits de
informação e bits de carne e osso. O pós-humano deve ser também traduzido por transhurnano, o que
podería chamar-se mais que humano.
Hernando Urrutia
O termo pós humano é utilizado tanto para se referir ao fato de que
nossa visão daquilo que constitui o ser humano está passando por profundas
rransformações, quanto para apontar para a convergência geral dos organismos
com as tecnologias, até o ponto de se tornarem indistingüíveis. Essas
tecnologias pós-humanas são: realidade virtual (RV), comunicação global,
protética e nanotecnologia, redes neu rais, algoritmos genéticos, manipulação
genética e vida artificial.
A expressão pós-humano se tornou voz corrente em múlti plas
publicações e exposições de arte, de modo tão proeminente que se pode afirmar
que, sob essa expressão, encontra guarida o modelo mais recente de
imaginarização do corpo humano.
Para
estabelecer um analises da obra baseada no Pós-humano tomo o artista australiano Stelarc que leva tempo questionando
de forma ousada os rumos da arte contemporânea e o corpo humano, utilizando seu
próprio organismo como suporte para suas criações.
A obra de performance que
habitualmente usa reflicte sobre as condições do humano e sua ligação as
interfaces com próteses e computadores onde postula que o corpo humano
biologicamente esta mal equipado para enfrentar seu novo ambiente fora da
terra, falando de estratégias pós-evolucionistas
O artista
australiano Stelarc vem questionando de forma ousada os rumos da arte contemporânea e o corpo
humano, utilizando o próprio organismo como suporte para suas criações. Stelarc
realiza suas performances utilizando robótica, sistemas de realidade virtual,
interfaces com próteses e computadores e postula que o corpo humano se tornou
obsoleto. Ele fala sobre estratégias pós-evolucionistas para reprojetar o corpo
humano biologicamente mal equipado para enfrentar seu novo ambiente
extraterrestre.
Stelarc - Third Hand, Tokyo, Yokohama, Nagoya, 1980 - Instalação interactiva- Cortesia do artista © 2010 Stelarc - fotografia: Simon Hunter
Stelarc
e sua obra Third Hand, realmente reinventam a
maneira de se apropriar de uma tecnologia”. para determinarem o destino de seu
próprio corpo, onde cruza disciplinas, tais como a robótica a medicina e a
génetica para propor-nos questiones referentes a imortalidade do corpo, cujas ciências
referidas auxiliam através de próteses, a expansão desse corpo para além do seu
tempo.
Permitindo
a transgressão de fronteiras entre humano/máquina, tempo/espaço, onde o ser
humano aparece não mais imerso na memória genética, mas reconfigurado no campo
eletromagnético do circuito.
Numa das considerações de Laymert dos Santos que propõe para
este caso especifico uma via da singularidade, que é a mais radical porque entende o
pós-humano como uma superação do humano que literalmente o deixa para trás.
Pertence a essa via a aposta que é feita na inteligência artificial e no
desenvolvimento daquilo que seria a abertura de um outro tipo de evolução, que
viria com os robôs. O humano seria superado porque, tal como existe hoje, ele
estaria obsoleto. Essa é uma via radical e otimista, pois acha que, se seu
corpo é um hardware falho e ultrapassado, você pode fazer um download de sua
mente num corpo que seja melhor. Mas a obsolescência do corpo estaria se dando
aos poucos, e não de uma só vez. Ela ocorre, por um lado, através de uma
necessidade aparentemente crescente de modificar o organismo mediante a
incorporação de pró- teses para lidar com a velocidade da transformação; e, por
outro, através da formulação de uma “exigência” cada vez maior de que o homem precisa
poder viver em ambientes que não são o seu habitat natural.
Há ainda uma terceira linha de pensamento, que é a mais
interessante, que considera que essas duas linhas constroem, ao lado da
aceleração tecnocientífica e econômica, uma espécie de grande narrativa da
obsolescência do humano e do futuro pós-humano.
Interessante
é a formulação do pós-humano ou “transumano”, porque pensam essa questão
tomando como referência o “para além do humano” de Nietzsche, que não significa
a morte do “homem”, mas a morte do “Homem” consagrado pelo humanismo.
- -Culturas
e Artes do Pós-humano – de Santaella Lucia , S.P. 2003
- -Demasiadamente
Pós-humano – de Laymert Garcia dos Santos, Revista
Novos estudos, n. 72, 2005
- -Entre
Ciborges e Avatares – corpo e subjetividade na era digital . [Online].
disponível: http://www.gutorequena.com.br/artigos_poshumano.htm
- - Stelart
– O corpo como hospedeiro, de Patricia Martis Sá . [Online]. disponível: http://artetecnologia-uerj.blogspot.pt/2013/07/stelarc-e-orlan-o-corpo-como-hospedeiro.html
- Museum
Tinguely [Online]. disponível: http://tinguely.ch/de/presse/pressematerial/2010/Robotertraeume_pressebilder.html
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