O
cinema expandido é o cinema ampliado, o cinema ambiental, o cinema híbrido. O
cinema expandido levando em consideração a relação do espectador com as obras,
pode ser pensado também como Transcinemas, conceito criado por Kátia
Maciel que
focaliza a recepção das artes audiovisuais, o lugar no qual “o espectador
experimenta sensorialmente as imagens especializadas de múltiplos pontos de
vista, bem como pode interromper, alterar e editar a narrativa em que se
encontra imerso”.
Estas
interrelações e a expansão dos linguagens é a simbioses natural do cinema
expandido, um cinema híbrido por natureza na expansão e convergências.
O cinema expandido expressa esse alargamento que a
concepção de cinema vem sofrendo nas últimas décadas, priorizando a
convergência das linguagens no meio audiovisual. O cinema, entendido em sua etimologia de (escrita do) movimento, se
desterritorializa, reaparece em novos cenários e amplia sua abrangência para
além das salas tradicionais de exibição. Ambientes virtuais, vídeo-arte, sites específcos, instalações, generative art, entre
tantas outras formas de manifestações, desenham o complexo território
cinemático contemporâneo.
“Face Music”, de Ken Rinaldo 2011
(Nuit Blanche: Toronto).
Uma série de seis esculturas robóticas
compõe peças musicais a partir de imagens faciais dos participantes. Braços
robóticos, com microcâmaras de vídeo em suas pontas, movem-se em direção ao
calor corporal das pessoas e capturam imagens de seus rostos. Estes instantâneos
são processados digitalmente e transformados em sonoridades, que, de forma
generativa, evoluem e se transformam em melodias, sons e ritmos. O trabalho de
Rinaldo explora novas morfologias da “soft robotics”, um campo emergente, no
qual humanos e robôs e elementos robóticos se fundem em novas formas híbridas.
A partir de imagens faciais
dos participantes, as quais são de
processamento algorítmico, que permite a seleção de dados (pixel) em verde,
vermelho e azul para conectar via MAX MSP e Jitter e logo a um programa chamado
Ableton Live, isso permite a seleção de som para ser ativado pelo verde,
vermelho e conjuntos de dados azuis que são abatidos a partir de cada um dos
participantes que se enfrentam a câmara.
Por isso, o ambiente sonoro e robótica global
permite que seis robôs cada um compor uma obra algorítmica de cada indivíduo
onde se unirem na criação de uma sinfonia robótico / humano do som.
A obra “Face Music” é
uma série de seis esculturas robóticas, conformadas por uns braços robóticos,
com microcâmaras de vídeo em suas pontas, movem-se em direção ao calor corporal
das pessoas e capturam imagens de seus rostos. Estes instantâneos são
processados digitalmente e transformados em sonoridades, que, de forma
generativa, evoluem e se transformam em melodias, sons e ritmos. O trabalho de
Rinaldo explora novas morfologias da “soft robotics”, um campo emergente, no
qual humanos, robôs e elementos robóticos se fundem em novas formas híbridas.
-
Machado, Arlindo. Pré-cinemas e Pós-cinemas.
Campinas: Papirus, 1997.
- Cinema Expandido -Os
primeiros transgressores [Online]. disponível: http://www.dimas.ba.gov.br/cinemaexpandido/programacao.htm
https://vimeo.com/31967201
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