ARTE-MEDIA - EM BUSCA DE UMA NOVA ESTÉTICA
Na reflexão e análises
a partir das pesquisas, entrevistas e estudos
da investigadora Priscila Arantes, prova que a vida artificial, a arte
transgênica e a cultura digital, junto da telepresença e a interface, não são o
fim das artes, mas pelo contrário um sem fim de possibilidades de expressão e
interpretação das diferentes representações no campo da arte atual, levando-nos
por diferentes campos do desenvolvimento da história da estética digital e a
interconexão entre eles com os meios tecnológicos, científicos e mediáticos.
Priscila Arantes expõe
que a arte media é mais que a mera utilização da tecnologia (computadores,
sintetizadores e câmaras) na produção de arte, fala-nos de una estética
tecnológica, onde estuda a base fundamental e inicial da estética desde os seus
primeiros enfoques filosóficos até os diferentes investigadores que nos últimos
séculos e logo nos últimos anos nos aproximam a uma forma nova de rever a
reprodutibilidade técnica da arte, desde os ensaios de Walter Benjamin, à análise
da passagem da estética da forma filosófica da arte para a filosofia da mídia de McLuhan na reflexão relativamente
aos meios de comunicação, a redefinição sobre o papel da estética de Vittinos,
nas modificações estéticas trazidas ao campo da arte pelas mídias digitais, as
estéticas informacionais desenvolvidas por Abraham Moles e Max Bense, o
movimento teórico-conceitual de Fred Forest, na reflexão da forma mais
sistemática sobre o emprego das tecnologias de telecomunicação, como fonte de
expressão artística, a deslocação do
paradigma da estética de Weibel, que se centra no reconhecimento do observador que
sempre faz parte do sistema que observa, com uma visão dinâmica e interativa,
na qual a obra e interlocutor não podem ser vistos separadamente a
endoestética de Claudia Giannetti, que
se refere a uma concepção de estética centrada no aspecto contextual e sistêmico
da prática artística, a estética digital de Marcos Novak, onde propõe que a
estética contemporânea não seja implicada num único conceito, mais se numa rede
de conceitos entrecruzados, a interestética da própria Priscila Arantes como
uma possibilidade mais de pensar a estética da contemporaneidade, a estética
intermediária desenvolvida por Philippe
Quéau, entre outros.
Como também a noção de
nanoarte , a estética híbrida, a net-art, web-arte e as artes telemáticas.
Levando as discussões
sob os pontos de vista estético, ético, racional e sociólogo, onde os
diferentes autores independentemente das diferenças conceituas veem a arte como
um instrumento de crítica e de reflexão sobre a sociedade.
Hernando Urrutia
- Em busca de uma nova
estética – Arte e Mídia – Perspectivas de uma Estética Digital de Priscila
Arantes
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