MÁQUINAS SEMIÓTICAS (Atividade -2 T-3) Reflexões e Questiones sobre as diferentes posições de Dubois
Segundo Dubois as máquinas semióticas ou máquinas de imagens, chamadas também as máquinas de linguagem, nos permitem visualizar e representar imagens. Elas desde o seu início encarnam uma tecnologia e se apresentam como uma invenção radical em relação às precedentes formas de representar a imagem, desde o início do seu processo até as últimas tecnologias que surgiram e se sucederam de dois séculos para cá e introduziram uma dimensão “maquínica” crescente no seu dispositivo, desde o advento da fotografia com a câmara obscura, o surgimento da máquina fotográfica, do meio cinematógrafo, da televisão/vídeo e da imagem informática.
Existindo
sempre durante o seu percurso de desenvolvimento pela história divergências na
apreciação do seu discurso e reflexão por parte de investigadores e interessados da nova imagem gerada pelas
novas formas de representar a imagem com os dispositivos ou aparelhos, na
questão da criação e a questão estética (artística), o papel deles e a
interação com o homem criador (artista) e as máquinas de imagens, ou seja a
relação maquinismo-humanismo e as diferentes dialécticas entre os polos da
estética e a tecnologia.
Ao
final o que sempre está em questão é a estética a sua materialidade e
imaterialidade e a posta em cena da atual imagem electrónica criada por médios
computacionais (imagem informática), a sua síntese, virtualização, na sua
volatilização e abstração sensorial.
As
máquinas semióticas intermediam as nossas relações sociais e as nossas
representações de mundo, na medida que são os meios de interligação entre nós e
o mundo exterior. É a nossa forma de comunicação e verificação do mundo, como é
a televisão, na qual é em grande medida o contacto com a realidade, também por
meio da comunicação no ciberespaço, no uso das máquinas computacionais que nos
permitem rever por meio de imagens, textos e codificações referenciais, as diferentes
informações, como é o caso das varias redes sócias e o e-mail.
A
nossa representação do mundo está supeditada e levada em grande mediada pelas
máquinas semióticas. É algo que anos atrás era impensável por muitos detratores
do desenvolvimento tecnológico.
Hernando Urrutia
- “MÁQUINAS E IMAGENS: Uma questão de linha geral”, de Dubois, Philippe (2004): DUBOIS, Philippe Cinema, Video, Godard. São Paulo: Cosac Naify
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